Voando em céu azul o sol refulgia em tuas asas douradas...
E eu águia rarefeita por tua luz era ofuscada
Silenciando meu canto, para ouvir a fênix e sua melodia...
Sua calda de fogo, seus olhos preenchendo o céu de luz
Deram sentido a minha vida, e para a Fênix fiz as mais belas poesias...
Eram duas fênix, a que reluzia em céu de gloria
E a sombra projetada em solo pedregoso...
A sombra não cantava, não bailava, não brilhava...
Silenciosa, invisível ave, rarefeita como eu.
Esta Sombra nada mais era que a tua solitária alma
Escondida dos pequeninos pardais... Teus desafinados súditos.
Que encantados com tuas penas vermelhas e suas asas de ouro
Sentiram apenas o queimar de tua vida, na intensidade de tuas chamas
E quando teus olhos eram contemplados, recebias a piedade que não querias!
Para eles hoje tuas cinzas...para Mim tua alma ditosa...
Pois foste visto por meus olhos de águia, que amou-te além de tuas Glorias!!!
Rarefeita, imperceptível ave, guardei as sementes que deixou cair dos frutos doces que bicavas.
Plantei em solo desconhecido de teus olhos...
No anonimato de minha arte, com gotas de amor a terra seca eu fertilizei.
Eram tantos pássaros invisíveis que ao teu redor faziam algazarra
Que se tornaram uniformes ao ponto de serem vistos.
Um único e gigantesco pássaro, que dava sentido ao desejo de tua alma...E te prendia no calor, que por vezes Feria... Queimava.
Irrevelada visão cósmica... Era Você, eles, e eu...
A arte em todas as suas formas...
Cosmicamente Revelados em nossa concepção
E esta existência tornou-se Ilusão
E então não houve fronteiras e na Luz desta certeza
Eu concebi em meu interior o “Nós”
Quando você cantou...
Quando você sorriu
Quando Você chorou...
Eu estava lá...
Então soprei no vento o que achei necessário dizer
E em tarde fresca a brisa soprou, farfalhou a arvore
E a folha caiu no colo do poeta que descansava a sua sombra...
Quanta emoção...Tantas folhas trouxe o vento
Foram sonhos, magias, cânticos e inspiração.
Luana Thoreserc
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